31.7.12

INTERNATO S. JOÃO

360712

Na rua da Alegria.

Actualmente procuro mais informações sobre esta instituição...

Aditamento de 26 de Fevereiro de 2013:

Graças ao trabalho desenvolvido pelo Blog "Almanaque Republicano" reproduzo parcialmente o texto publicado há algumas horas:

« “O Asilo S. João [hoje, Internato S. João], instituição de beneficência criada em Lisboa em 1862, pela Maçonaria (mais rigorosamente pela Confederação Maçónica Portuguesa, cujo Grão-Mestre era José Estêvão Coelho de Magalhães), a fim de receber 20 raparigas que se achavam recolhidas noAsilo dos Cardais de Jesus, dependente das Irmãs de S. Vicente de Paulo (Irmãs da Caridade) e que, com a expulsão [Junho de 1862] destas de Portugal, tinham ficado ao abandono.  

[Um grupo de maçons da Confederação Maçónica Portuguesa (1849-1867) constituiu uma Comissão de Notáveis para vir em auxilio e sustentação dos estabelecimentos sob direcção antiga das Irmãs de Caridade, oferecendo os seus préstimos ao governo. A 2 de Junho de 1862, a Comissão limitava a oferta de auxilio às 20 crianças, atrás referidas. A Comissão de Notáveis era assim composta:

José Estêvão de Magalhães (Presidente da Comissão; Grão-Mestre da Confederação Maçónica), António Maria de Sousa Meneses, José Isidoro Viana (s., D. António Telo, L. Obreiros do Trabalho), Francisco Maria Enea (L. Constância), José Maria Lobo de Ávila (s. Apolo), Gilberto António Rola (co-fundador do Partido Republicano Português), Inácio Januário da Silva Avelino (s. Mazzini, L. Independência nº 4), José Joaquim de Abreu Viana (s. Spinkler, L. Civilização).

...

No Porto, é também criado pela Maçonaria, em 1891 a instituição de beneficência Asilo de S. João (Rua da Alegria, n.º 342), a fim de receber rapazes órfãos [um dos fundadores da primitiva Associação Protectora do Asilo de S. João foi Alves da Veiga].

São hoje Internatos de S. João, mantêm a sua actividade quer no Porto, quer em Lisboa com os mesmos fins e propósitos da sua criação, acolhendo crianças em riscos, dando-lhe abrigo, educação e preparando-as para a inserção na sociedade e na vida activa.

in Dicionário de Maçonaria Portuguesa - A. H. de Oliveira Marques

via Grémio Estrela D’Alva [com aditamentos  e sublinhados nossos]

A totalidade da mensagem pode ser lida no Almanaque Republicano.


30.7.12

A SEDE DO SPORT CLUB DO PORTO

310712

Sport Club do Porto foi fundado em 30 de Junho de 1904. A sua sede situa-se na rua de Santa Catarina no número 132.

26.7.12

assim não!

270712

O outro dia passei ali no jardim do Carregal. E passei-me! Espanto meu!
Desespero! 
Já não bastava terem lá pespegado betão e construído subterraneamente um túnel, terem deitado abaixo uma casinha que em anos idos era um centro de saúde infantil.
Já não bastava tudo isso para darem cabo do Jardim (que também se chama Carrilho Videira) que agora até alcantroaram os passeios. 
O jardim já foi assim em 2006.
Pessoalmente não acho que esteja melhor, convençam-me do contrário.

24.7.12

Rua PADRE CRUZ

250712

Outrora esta rua teve o nome de Rua Nova da Paz na parte superior e Rua da Paz na sua parte inferior.

Francisco Rodrigues da Cruz (Alcochete n.29/07/1859 - Lisboa f. 1/10/1948) ficou conhecido entre os portugueses pelo nome de Padre Cruz. Para saber mais podem consultar mais uma vez a Wikipédia.

260712

É uma rua estranha, vetusta e parada no tempo, deve ter servido para os alunos da Escola Industrial se dirigirem para a Rotunda, mas nesse tempo encontrava-se na periferia do centro da cidade.

É uma rua triste com um nome que não inspira coisa nenhuma...





22.7.12

Shopping CIDADE DO PORTO

240712

Também conhecido localmente pelo "Bolo de Noiva". 
Muito haveria a escrever sobre este "monstro" da cidade. Entre outros: 
1. Consegue há alguns anos escapar a uma decisão de justiça em que um dos protagonista foi o arquitecto Pulido Valente.
2. Muito contribuíu para a decadência do primeiro centro comercial da cidade - o Brasília. 

Pode saber mais consultando a página da Wikipédia.





20.7.12

Largo FERREIRA LAPA








Ferreira Lapa - Botânico.João Ignácio Ferreira Lapa (1823 - 1892). Foi director do Instituto Geral de Agricultura, posteriormente transformado no Instituto de Agronomia Veterinária. Pertenceu, como sócio efectivo, sócio honorário ou correspondente, a numerosas academias, sociedades e associações, nacionais e estrangeiras, o que corrobora a ideia de que, no seu mister, foi personalidade de relevo, com prestígio no pais e além fronteiras. Nasceu em 1823, na aldeia de Ferreira das Aves, em Satão, na Beira Alta, de família humilde. Estudou na Casa Pia, em Lisboa, de que foi aluno interno e depois na Escola Politécnica e na Escola Veterinária Militar. Morreu em Agosto de 1892.
Germano Silva



19.7.12

Rua da MEDITAÇÃO

210712

Outrora esta artéria que liga a Rotunda ao Cemitério teve o nome de rua do Cemitério.

Ainda me lembro dela, nos dias de Fieis, pejada de gente vestida de negro. Os vendedores de castanhas na esquina da rotunda, era praticamente impossível o trânsito automóvel. 
Parecia um dia de romaria. Gente para um lado, gente de volta. Uns iam acender as tigelinhas de barro, outros iam namorar, não era raro encontrarem-se magalas vestidos de cinzento com moçoilas. Os passeios estavam ocupados pelos crisântemos à porta das floristas e pelos homens à porta das tabernas. 
Os outros comerciantes que existiam nesta rua eram os marmoristas, mas estavam fechados nesse dia. 
A minha mãe ia sempre à mesma florista comprar as flores para a campa da minha avó materna. 
Depois, à volta para casa, passávamos nas campas dos vizinhos ou dos amigos. 
Antes de chegar ao portão principal, fazia-se um desvio até ao jazigo onde a minha mãe dizia que estava enterrado o pai da mãe dela.





18.7.12

Praceta ADELINO AMARO DA COSTA

200712

Chamar a esta coisa muito mineral (porque está sobre um parque de estacionamente) vá que não vá, mas continuo sem perceber porque razão o chão é às ondas - parece uma contradição mas não o é!

Para aqueles que já não se lembram bem e para aqueles que nunca souberam quem era Adelino Amaro da Costa aqui vai o que diz o Portal da História

"Presidente do grupo parlamentar do CDS na Assembleia Constituinte, foi Ministro da Defesa do governo da AD.

Nasceu em Lisboa, a 18 de Abril de 1943;
morreu em Lisboa, a 4 de Dezembro de 1980.



Engenheiro civil pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, em 1966, colaborou com Veiga Simão no ministério da Educação, enquanto director do Gabinete de Estudos e Planeamento.

Fez o serviço militar na Marinha de guerra.

Em 1975, após o 25 de Abril, fundou com Diogo Freitas do Amaral o Centro Democrático-Social (CDS), com as dificuldades impostas pela radicalização da política portuguesa, que dificultaram a implantação do partido a nível nacional, devido aos boicotes sucessivos à sua actividade partidária, sendo considerado nessa época quase como um partido neo-fascista.

As eleições para a Assembleia Constituinte legitimaram  de uma vez por todas o partido, que conseguiu eleger 16 deputados para a câmara legislativa, formando um grupo parlamentar. Se não teve grandes intervenções de fundo, distinguiu-se nessa época como um tribuno sagaz, irónico e competente, tornando-se o principal ideólogo do partido.

Em 1978 ajudou a celebrar o acordo político que viabilizou o 2.º governo constitucional, dirigido por Mário Soares, e que teve a participação de membros do partido, como Sá Machado e Rui Pena. No ano seguinte, com o falhanço do acordo político com o PS, negociou pelo CDS a criação da Aliança Democrática (AD), que juntou o PPD, o PPM e o CDS, numa coligação eleitoral, que se apresentou às eleições em todos os círculos eleitorais, à excepção da Madeira.

Após os quatro governos de iniciativa do presidente da república Ramalho Eanes, que se sucederam de Agosto de 1978 a Janeiro de 1980, completando parcialmente a 2.ª legislatura da Assembleia da República, após a exoneração de Mário Soares de primeiro ministro, as eleições intercalares de 2 de Dezembro de 1980 deram a maioria absoluta à AD.

Amaro da Costa foi nomeado ministro da defesa nacional, tendo sido empossado com todo o restante governo em 3 de Janeiro de 1980, o primeiro ministro civil da defesa desde o 25 de Abril de 1974.

A passagem pelo governo foi muito curta, devido à sua morte no desastre de aviação ocorrido em Camarate na noite de 4 de Dezembro de 1980, quando se dirigia de avião com o primeiro ministro Sá Carneiro e respectivas mulheres para o Porto, para um comício eleitoral no âmbito da campanha para a Presidência da República, que decorria nessa altura.

A queda do avião Cessna foi considerado pelas instituições do estado e pelo sistema jurídico português  como um desastre, mas algumas das várias comissões parlamentares de inquérito  consideraram o acontecimento como um atentado."



17.7.12

Cemitério de Agramonte 2012

130712


190712

Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, os jazigos e talhões deste cemitério encontra-se reservado aos irmãos de Ordem.


120712

O Mausoleu dos Condes de Santiago de Lobão encontra-se no Cemitério da Ordem do Carmo.


150712 

Monumento às vítimas do incêndio do Teatro Baquet - 1888


140712

Entrada do cemitério da Ordem da Trindade


160712

Túmulo de Emília Eduarda (1845-1908). Actriz. Escultura de António Teixeira Lopes (1866-1942) e 
de José Teixeira Lopes (1872-1919)






170712




Mausoleu de Francisco Antunes de Brito Carneiro (1819-1850). Projecto de Tomás Soller, esculturas 
de Soares dos Reis (1847-1889)








180712



Detalhe do Mausoleu de Francisco Antunes de Brito Carneiro

Sobre este Cemitério também poder esta página: http://ruasdoporto.blogspot.pt/2008/06/cemitrio-de-agramonte.html 

Para saber mais sobre este Cemitério e outros da cidade do Porto aconselho a leitura da página de Francisco Queiroz. Se puder, faça uma das visitas guiadas por este especialista sobre o tema.

E em espanhol podem consultar este blogue.  









15.7.12

Museu Nacional da Imprensa

100712

Um museu periférico! Quase desconhecido. Gratuito e que merece ser visitado pelo menos uma vez na vida. Actualmente uma exposição temporária que dá para reflectir sobre o que se passa no mundo.

13.7.12

11.7.12

Rua ROCHA PEIXOTO


040712


Sobre Rocha Peixoto a página camarária diz-nos: "António Augusto da Rocha Peixoto,nasceu na Póvoa de Varzim em 18/05/1866 e faleceu em Matosinhos a 02/05/1909. Naturalista, etnólogo e arqueólogo, foi uma das figuras marcantes na vida cultural portuguesa na transição do século XIX para o nosso século." E a Wikipédia poucos detalhes nos dá!


É uma rua estranha que só a partir do século XXI encontrou uma certa utilidade para quem se quer dirigir ao centro da cidade.
É uma rua estranha porque do outro lado da rua encontramos isto:

050712


Actualização | Dezembro 2013:

Por mero acaso descobri que a Universidade do Porto presta homenagem ao seu antigo aluno.

Passo a transcrever:

« António Augusto César Octaviano da Rocha Peixoto nasceu a 18 de Maio de 1866 no n.º 20 da antiga Rua da Silveira (actual Rua Rocha Peixoto), na Póvoa de Varzim.

O 11.º dos 12 filhos de António Luís da Rocha Peixoto, médico, cirurgião e militante miguelista, natural de Arcos de Valdevez, e de Constança Amélia da Costa Pereira Flores, de Vila do Conde, foi baptizado na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição, a 21 de Maio.

Em 1874 ficou órfão de pai, acontecimento que dificultou grandemente a sua vida, obrigando-o a trabalhar para prover o sustento da mãe e de três irmãs, ainda antes de completar a formação académica.
Em criança tinha um aspecto frágil que o ajudava a esconder um carácter dotado de grande força de vontade. Estudou no Colégio de Nossa Senhora do Rosário, no Porto, e, aos 15 anos de idade, ajudou a fundar a revista estudantil "Boletim Litterario. Revista Académica Mensal", que produziu 3 números.

Em 1883, com dezasseis anos e sob o nome de Augusto César, publicou artigos críticos sobre os Jesuítas no jornal da Póvoa de Varzim, intitulado "A Independência", em resposta a Afonso dos Santos Soares, defensor confesso da Companhia de Jesus.
No ano seguinte, já estudava no Instituto Escolar de S. Domingos (depois convertido na Escola Académica), nas proximidades da Rua da Sovela, no Porto, tendo por condiscípulos António Nobre e Alexandre Braga.

Aquando da mudança da Escola Académica para a Quinta do Pinheiro, conviveu com Hamilton de Araújo, Fonseca Cardoso e Ricardo Severo, organizadores do "Grémio Oliveira Martins".

Em 1887, na Academia Politécnica do Porto, fundou com Fonseca Cardoso, João Barreira, Ricardo Severo e Xavier Pinho a "Sociedade Carlos Ribeiro". Este grupo, ao qual se juntou Basílio Teles, António Arroio, António Nobre e Augusto Nobre, reunia-se numa casa na zona do Moinho de Vento para debater a crise nacional. Destas reuniões resultou a publicação da "Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes", entre 1890 e 1898, dirigida por Rocha Peixoto, Ricardo Severo e Wenceslau de Lima.
Nesses tempos de estudante, Rocha Peixoto publicou artigos a folhetos sobre a degradação do Museu Municipal do Porto, colaborou em opúsculos e jornais, como "O Primeiro de Janeiro", do Porto, e "O Século", de Lisboa, e também participou em tertúlias musicais, tocando guitarra, tendo mesmo chegado a compor uma valsa intitulada "Lavandisca".

Rocha Peixoto participou na Tumulto de 31 de Janeiro de 1891, como nos conta Basílio Teles na sua obra "Do Ultimatum ao 31 de Janeiro: esboço d' historia política". Nela refere que Peixoto e Ricardo Severo, na manhã desse dia histórico, o convocaram para aparecer na Foz para o pôr a par dos acontecimentos. Os três vistoriaram o centro do Porto, para se inteirarem das movimentações das tropas fiéis ao Governo, e Rocha Peixoto escreveu um manifesto dirigido à população civil, em especial ao operariado, com o intuito de instigar a agitação social e assim perturbar a Guarda Municipal. Com a consciencialização do fracasso desta sublevação, Basílio Teles e Ricardo Severo deixaram Rocha Peixoto e centraram-se na busca de auxílio para os revoltosos.

Foi secretário da "Revista de Portugal" (1891-1892), dirigida por Eça de Queirós, organizou o "Catálogo de Mineralogia, Geologia e Paleontologia: Extracto do Annuário de 1890-91", da Academia Politécnica do Porto. Em 1893 passou a ser sócio da Academia das Ciências e desempenhou o cargo de bibliotecário no Ateneu Comercial do Porto (1893-1900).

Em 1895 começou a colaborar com a "Revista d'Hoje" e recebeu o diploma de académico da Classe de Ciências Matemáticas, Físicas e Naturais.
Pela altura da extinção do grupo "Sociedade Carlos Ribeiro" e da "Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes" (1898), Rocha Peixoto leccionava Geografia e Ciências Físico-Naturais na Escola Industrial Infante D. Henrique, no Porto.

Em 1899 associou-se à nova revista "Portugália", de carácter nacionalista, que tomou o lugar da "Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes". Esta publicação, dirigida por Ricardo Severo, contava com Fonseca Cardoso, como secretário, e com Rocha Peixoto, como redactor-chefe e articulista.

Em meados de 1900 foi nomeado Conservador do Museu Municipal do Porto, então instalado num edifício da Rua da Restauração, e, em 28 de Junho desse ano, acumulou esse cargo com o de Director da Biblioteca Pública Municipal do Porto, de que foi Director Interino entre 1900 e 1904 e Director Efectivo entre 1904 e 1909.

A sua relação com o Museu Municipal era anterior à sua entrada na instituição, pois, ainda estudante na Academia Politécnica do Porto, escrevera sobre o seu estado ruinoso, no título "O Museu Municipal do Porto (História Natural)" e no artigo "O Museu da Restauração" publicado n' "O Primeiro de Janeiro", em 1893. Em 1894, no mesmo jornal, sugeriu que a edilidade portuense comprasse a colecção de faiança de Guerra Junqueiro e, em 1897, integrou uma comissão de estudo da reorganização do museu e da sua instalação num novo edifício.

Durante a comissão de serviço no Museu, organizou as diversas secções do acervo desta instituição, a saber, a de Mineralogia, de Paleontologia, de Etnografia, de Arqueologia, de Artes Decorativas e de Numismática, melhorou os espólios de pintura e de azulejo e promoveu obras no edifício. Em 1902, com Joaquim de Vasconcelos, criou o "Guia do Museu Municipal do Porto", iniciou a transferência do Museu para as suas novas instalações, anexas à Biblioteca (1902-1905), e dotou-o de peças provenientes do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, iniciativa que levantou alguma polémica.

No período em que presidiu aos destinos da Biblioteca, fomentou profundas obras de restauro do edifício, a reorganização dos seus serviços e a reforma e modernização da classificação e catalogação dos livros. Criou três pequenas bibliotecas no Porto (no Bonfim, em Cedofeita e na Foz, com título modernos existentes em duplicado na B.P.M.P.), favoreceu doações às bibliotecas da Póvoa de Varzim e de Ponte de Lima e, ainda, mandou colocar nas paredes do claustro da Biblioteca Pública (antigo claustro do convento de Santo António da Cidade) azulejos quinhentistas e barrocos, oriundos de extintos conventos do Norte de Portugal (de Santa Clara e de São Bento de Ave Maria, do Porto, de Santa Clara e de S. Francisco, de Vila do Conde, de Grijó, em Vila Nova de Gaia, etc.).

No final de 1901 foi nomeado naturalista-adjunto da secção de Mineralogia da Academia Politécnica do Porto e, em 1903, foi enaltecido pelo Ministro Luís Augusto Pimentel Pinto, juntamente com os outros responsáveis da revista "Portugália".

Em 1908 passou uma temporada nas termas do Peso de Melgaço, onde fez amizade com um grupo de utentes da estância termal, entre os quais se destacavam o Dr. Teixeira de Sousa, de Chaves, o Dr. Silva Gaio, Secretário da Universidade de Coimbra, e o artista portuense António Carneiro. A esse grupo chamou "Academia".

Apesar da ligação académica, cultural e profissional ao Porto, Rocha Peixoto nunca deixou de manter um forte vínculo à sua terra natal, comprovado pelos estudos sobre o património arqueológico, histórico, e etnológico da Póvoa de Varzim. Foi responsável pelas primeiras escavações da Cividade de Terroso, do Castro de Laúndos e da vila de Martim Vaz, envolveu-se na questão da naturalidade de Eça de Queirós e empenhou-se na defesa da comunidade piscatória poveira, que influenciou, entre outros, os trabalhos de Fonseca Cardoso (estudo antropológico sobre os pescadores da Póvoa, editado na "Portugália", em 1908), de Cândido Landolt (livro sobre o Folk-Lore da Póvoa de Varzim, de 1915) e de António dos Santos Graça ("O Poveiro", de 1932). Não é, portanto, de estranhar, que tenha legado a sua biblioteca, constituída por mais de 2.000 títulos, à Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim.

Este notável naturalista, professor, antropólogo, etnólogo e escritor faleceu em Matosinhos, vítima de tuberculose aguda seguida de uma crise, a 2 de Maio de 1909.
Na altura da sua morte trabalhava no Porto como naturalista-adjunto da Academia Politécnica, como Director da Biblioteca Pública e do Museu Municipal do Porto e, ainda, como professor de Geografia e de Ciências Físico-Naturais da Escola Industrial Infante D. Henrique.

Do Cemitério de Agramonte, no Porto, onde foi sepultado, o seu corpo foi trasladado para o Cemitério da Póvoa de Varzim, em 16 de Maio de 1909, a pedido da Câmara Municipal poveira.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2010) »

A Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim também publica uma cronologia de Rocha Martins nesta página.