29.12.11

O largo que mudou de nome

Quarta-feira, dei conta que um número pouco comum de pessoas procuravam neste blogue onde se encontrava o Largo de Mompilher.
Pensei logo no pior, que tinha ardido o velho quiosque que ali está despresado, que uma conduta de gás tivesse rebentado ou que tivesse ardido uma daquelas casas da esquina da rua da Picaria.
Ligo o rádio, mas o locutor nada me diz. Resolvo, então, consultar na net o quotidiano que mais fala da cidade – claro, o J N.

Espanto meu! Uma equipa de zelosos trabalhadores municipais eram os protagonistas de um video. Já o sol deixara de iluminar que eles destruíam um azulejo (mais português do que uma calçada) com o nome de José Sócrates. Duas ou três linhas sucintas a explicar o fenómeno. Nunca antes na cidade o nome de uma rua durou tão pouco tempo!

O ano de 2011 estava na sua última semana. Uma mão desconhecida tinha tido a ousadia de alterar o nome daquela artéria. O tom era jocoso e a maneira artística.



O ex-primeiro ministro de maneira efémera teve nome numa artéria que muitos que habitam a cidade desconhecem. Aqueles que nunca compraram um jornal no quiosque, que nunca urinaram nos urinóis municipais que ficam por baixo das escadas do Pinheiro tiveram que vir aqui para localizar o dito Largo.

Para localizar o dito largo basta clicar no “link” mesmo por baixo desta mensagem. É uma novidade do blogger e algumas das mensagens aqui publicadas já o utilizam.

(A imagem publicada, uma vez não é costume, não é minha. Como a retirei do Facebook não sei quem é o autor)

23.12.11

Uma mão cheia

de nomes de ruas da cidade do Porto.


111211

Festas Felizes para os amigos e visitantes deste blogue

10.12.11

Rua de SERRALVES

101211


«...O forte de Serralves vem mencionado na planta das linhas do cerco, de Arbués Moreira, junto à chamada Casa do Moreira, onde estava o acampamento da Infantaria 5. Por aqui passava a estrada que por Vilar e Lordelo ia à Foz, como assinala a Planta do «Douro Português», de Forrester (1848). Que significa Serralves? Não sabemos. Podemos apenas sugerir que provanha de Serra ou cerro alvo. Será ? As «inquisições de D. Afonso III em 1258, mencionam «o lugar que se chama Pedra Alba». É talvez um indício a investigar. »

("Toponímia Portuense" de Andrea da Cunha e Freitas)




9.12.11

Travessa de ENTRE CAMPOS

091211


"A origem do topónimo é fácil de entender: as artérias em causa estendem-se ao longo de enormes propriedades. Ficam mesmo entre campos ..." 


(Germano Silva - Arquivo da Toponímia)


Rua de PENOUCOS

081211

Esta rua já teve o nome de Viela de Serralves.

Sinceramente, não sei se é Penoucos ou Penouços. O primeiro nunca tinha ouvido falar antes de conhecer o nome desta artéria. Penouços há um ali em Gaia, mesmo pertinho da Boavista da Estrada.



8.12.11

CINEMA BATALHA

cinema Batalha (Porto)

Inaugurado em Junho de 1947. O seu risco é do arquitecto Artur Andrade.

Ver mais na Wikipédia. E também pode visitar do Tempo e da Luz.

Algumas linhas sobre a vida e a obra do seu arquitecto:


<Artur Vieira de Andrade nasceu na Rua Antero de Quental, freguesia de Cedofeita, Porto, a 14 de Maio de 1913. Era filho de Manuel Vieira de Andrade e de Clara Rodrigues de Vila Real.
Desde muito jovem interessou-se pela política, faceta que se revelou durante a frequência do Liceu Rodrigues de Freitas e motivou a sua saída de casa, aos 18 anos de idade, por divergências familiares. A mãe, em particular, não aceitava este seu envolvimento em questões políticas e, mais do que tudo, as constantes visitas da polícia política (PVDE, mais tarde PIDE).

Nessa altura passou a trabalhar numa fábrica e mal teve possibilidade para o fazer matriculou-se no Curso de Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto. O seu talento para o desenho foi reconhecido por esta escola, o que lhe valeu a oportunidade de trabalhar no atelier do arquitecto Arménio Losa, em horário nocturno, depois do final das aulas.
Na ESBAP frequentou o Curso Especial de Arquitectura, entre 1934 e 1937, e o Curso Superior de Arquitectura, entre 1941 e 1946. Após a conclusão da licenciatura trabalhou numa empresa de construção civil.

Em 1947, foi convidado pela Associação Industrial Portuense a riscar o novo palácio de exposições no Jardins do Palácio de Cristal, para as comemorações do 1º centenário da sua fundação. Porém, o ante-projecto que riscou foi rejeitado pela Câmara, com a justificação de que o seu autor era um opositor ao Regime. A decepção que sofreu foi em parte ultrapassada pela solidariedade dos seus pares. Trinta e quatro arquitectos assinaram uma carta, publicada na revista Arquitectura, na qual manifestaram o repúdio pela injusta decisão da autarquia que, ignorando o mérito da obra, se baseava em motivações meramente políticas.

Embora não tenha edificado o Palácio de Exposições, projectou o emblemático Cinema Batalha, na praça com o mesmo nome da baixa portuense, no lugar do cinema High-Life e nas proximidades do Cinema Águia d'Douro. Trata-se de um edifício de linhas expressionistas e de grande dinamismo, decorado com pinturas murais de Augusto Gomes, António Sampaio e Júlio Pomar, e com esculturas alegóricas de António Braga e Arlindo Gonçalves.
Esta obra foi bem acolhida pelos portuenses, mas gerou polémica. O mural neo-realista de Júlio Pomar foi interpretado pelas autoridades como um manifesto comunista e por esse motivo foi destruído.
A inauguração solene deste espaço cultural aconteceu a 3 de Junho de 1947. Durante décadas foi um dos lugares preferidos de gerações de portuenses amantes da 7ª Arte, até cair num processo de degradação do qual foi resgatado recentemente. Mais de meio século volvido, o edifício renovado foi reinaugurado em 2006. O Batalha dispõe agora de dois auditórios, dois bares, diversos foyers e um terraço reformado no último piso, com vistas sobre a cidade, estando, por isso, preparado para acolher eventos de diversos tipos.

Artur Andrade foi também autor de muitas outras obras, como o Café Rialto, no qual contou com a colaboração de três artistas plásticos (os pintores Dordio Gomes, Guilherme Camarinha e o médico/artista Abel Salazar, que participaram na obra com murais, e o escultor João Fragoso com um baixo-relevo, que desapareceu na altura em que o café foi convertido numa agência bancária), o Prédio n º 500, da Rua Delfim Ferreira e o prédio da FIAT, na Rua Latino Coelho, no Porto; a Estalagem de São Tiago, em Entre-os-Rios; uma fábrica em Santo Tirso; algumas obras em Vila Real e o prédio nº 718, na Rua Hintze Ribeiro, em Leça da Palmeira, para onde o arquitecto foi viver no fim da vida, por muito apreciar a praia.

Na sua carreira de arquitecto destacou-se, também, por ser um dos introdutores do Modernismo e por ter sido membro da ODAM (Organização dos Arquitectos Modernos).
Artur Andrade não foi apenas um grande arquitecto. Foi também um cidadão politicamente activo, que sonhava com a criação de uma sociedade justa.
Acompanhou as tertúlias de António Sérgio e de Jaime Cortesão e, no início da vida, aderiu aos ideais comunistas, dos quais se veio a afastar após a instauração da ditadura russa na U.R.S.S.

Durante a juventude e a idade adulta foi preso nove vezes pela PIDE. Participou activamente no MUD (Movimento de Unidade Democrática) e incitou Humberto Delgado a concorrer às eleições presidenciais de 1958, tendo sido secretário-geral da sua candidatura. Candidatou-se pela oposição em todas as eleições anteriores ao 25 de Abril.

Filiou-se no PPD (Partido Popular Democrático), a pedido de Francisco Sá Carneiro e de Magalhães Mota, em 1974, daí em diante tendo integrado as comissões de admissão do Partido, no Porto e em Lisboa, e as comissões de propaganda.
No período pós 25 de Abril foi o primeiro presidente da Comissão Executiva da Câmara do Porto e Vereador do Urbanismo, eleito pelo PSD (Partido Social Democrata). Em 1989 candidatou-se à presidência da Câmara Municipal do Porto, pelo PRD (Partido Renovador Democrático), de Ramalho Eanes, mas foi derrotado por Fernando Gomes, candidato do Partido Socialista.

No dia 9 de Novembro de 2005 morreu um homem livre, determinado e compreensivo. 
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2008)



7.12.11

Casa do Infante



061211

As instalações da Casa do Infante foram remodeladas tendo em vista a ocupação dos locais pelo Arquivo Histórico Municipal e a criação do núcleo museológico. 

O arquitecto Nuno Jennings Tasso de Sousa foi o responsável pelo projecto de arquitectura.

Mais informações na Wikipédia sobre a Casa do Infante.




071211

Sonhar acordado



Foto de sexta-feira passada, cerca das 16 horas. Rua de Ceuta.


Será que a limpeza da cidade por empresas privadas adiantou alguma coisa?


031211

(por vezes eu sonho que seria agradável viver numa cidade "mais" limpa!)

6.12.11

Praça de LISBOA (2011)

041211


Já quase três anos que publiquei aqui uma foto sobre esta mesma praça. O outro dia voltei lá e apercebi-me que a praça está a crescer para cima! Só espero que ela não suba muito!

2.12.11

Casa Museu MARTA ORTIGÃO SAMPAIO



021211


A Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio está integrada no conjunto conhecido por Edifício Parnaso da autoria de José Carlos Loureiro.


Visita ideal para um sábado ou domingo à tarde. É a oportunidade de ver o interior da casa que se encontra relativamente bem conservado.


Era a moradia de uma das proprietárias do conjunto, entre dois prédios de rendimento, como existiam naquela época (1956).


Tive a sorte de o ter visitado quase integralmente.Admirei mais a arquitectura do que os quadros expostos.


011211


Se não estiver muito frio, pode-se descer até à Rotunda, tomar um café na "Peninsular" (que já não é o que foi) ou noutro sítio.


Nesta altura do ano o "jardim" encarecou, dá para ter uma visão diferente do leão (o da Boavista, não o da Estrela). A venda das castanhas ainda existe 
na esquina de Júlio Dinis.


Travessa de S. NICOLAU

211111

30.11.11

Estátua do INFANTE D. HENRIQUE



221111

Há passeios...

Em ruas da cidade, em princípio, os passeios são feitos para os peões passarem. Eu já estava habituado a encontrar automóveis, caixotes, buracos e mesmo "ausência" dos mesmos. 
Coisas assim, a modos a criarem dificuldades para aqueles que necessitam de se deslocarem, já para não falar nas pessoas idosas ou naqueles que transitam com carrinhos para crianças.


201111

Com este género de obstáculo é mesmo difícil utilizar este troço da rua Sarmento de Beires. 

23.11.11

Não vi, não comi, mas ouvi falar...

(hoje, não há foto)


Andava eu intrigado pelo facto de uma das ruas de este blogue ser a rua Barbosa de Castro. Ainda há pouco fiquei a saber.  O facto gastronómico do momento é a abertura de uma loja do melhor bolo de chocolate do mundo na cidade!


Como indica o título, ainda não provei o tal bolo (eu que adoro o chocolate negro). Pelo que li há uns tempos atrás, é uma receita única elaborada com um chocolate selecionado. 


Este "post" não tem qualquer patrocínio. Não há foto pelas razões indicadas, mas se por acaso os proprietários da loja me quiserem oferecer um bolinho, terei muito prazer em apresentar aqui no blogue uma foto.

22.11.11

Rua JOÃO ANDRESEN



151111



João Henrique de Mello Breyner Andresen (Porto, 13 de Dezembro de 1920 - Porto, 24 de Junho de 1967) foi um arquitecto português, irmão da poetisa Sofia de Melo Breyner.

Encontra mais informação sobre este arquitecto na Wikipédia.

Rua FERNÃO LOPES



121111

Esta rua data dos anos 70 do século XX. Uma das ruas da cidade mais depresadas, tem mais raízes do que passeios, durante o dia se não fosse a terra a voar, empurrada pelo vento, mais parecia um parque de estacionamento. 



21.11.11

Rua DIREITA DE PEREIRÓ

111111


Por aquelas bandas terá existido uma leira do pereiro, a zona começou a ser conhecida por Pereiró.

Rua RUI DE SERPA PINTO

101111



Rui Correia de Serpa Pinto nasceu no Porto a 6 de Agosto de 1907 e aí faleceu a 23 de Março de 1933.


Engenheiro Civil pela Universidade do Porto em 1930, também se dedicou à Arqueologia. Pertenceu ao Instituto de Antropologia,
Foi um dos fundadores da "Sociedade dos Engenheiros Reunidos" e do "Colégio Brotero" (1931).

Mais informações aqui.

16.11.11

Jardim ANTERO DE FIGUEIREDO

61111


Escritor português nascido a 28 de novembro de 1866, em Coimbra, e falecido a 10 de abril de 1953, na Foz do Douro. Iniciou os seus estudos universitários em Coimbra, no curso de Medicina, mas acabou por se formar em Letras na Universidade de Lisboa em 1895. Entretanto viajou por vários países, sobre os quais fez relatos que são autênticos testemunhos da época, e escreveu a sua primeira obra, intitulada Tristia (1893). Escritor da geração do decadentismo-simbolismo, conheceu grandes nomes da literatura como António Nobre. Escreveu, entre outras, as seguintes obras: Recordações e Viagens (1905), Doida de Amor (1910), D. Pedro e D. Inês (1913), Fátima (1936), Traição à Arte (1952).

O busto é da autoria de Henrique Moreira e data de 1966.

15.11.11

Sinagoga Kadoorie Mekor Haim

111011


A Sinagoga do Porto foi inaugurada em 1938. Curiosamente o seu arquitecto - Artur Almeida Júnior - foi o mesmo que riscou a Igreja que se situa a alguns metros. Mesmo ao lado (norte) da Sinagoga existia o antigo Colégio Alemão. Nunca cheguei a perceber como existia uma tal cohabitação naquele ano de 1938.

Ver também a rua Guerra Junqueiro neste blogue.



Saber mais sobre a Comunidade Israelita do Porto.

Rua PROFESSOR CÂMARA SINVAL

211011

O Professor Cãmara Sinval foi docente da Escola Médica do Porto por volta de 1870. 

Esta é mais uma das ruas do chamado Bairro de Hollywood no Porto.

11.11.11

Garagem Aurora

garagem



A Garagem Aurora ficou célebre desde os anos cinquenta do século XX pela preparação de carros de competição, em paricular os Porsches.

Um violento e dramático incêndio ocorreu em 1981 nos seus locais da rua Corte Real. Esta oficina encontra-se actualmente em Ramalde.

Os locais estiveram abandonados durante muitos anos e só voltaram a "ressuscitar" há alguns meses. 

aurora

Se deseja saber mais sobre a Garagem Aurora pode clicar aqui.

9.11.11

Torres do Aleixo

041109

Os bairros sociais do Porto (municipais)

  • Agra do Amial – 1960 – 161 fogos
  • Aldoar – 1968 – 396 fogos
  • Aleixo – 1976 – 320 fogos
  • Antas – 2000 – 156 fogos
  • Bessa Leite – 1982 – 224 fogos
  • Bom Pastor - 1975 – 275 fogos
  • Bom Sucesso – 1958 – 128 fogos
  • Campinas – 1964 – 900 fogos
  • Carriçal – 1961 – 258 fogos
  • Carvalhido – 1958 – 264 fogos
  • Central de Francos – 1966 – 522 fogos 1981 – 132 fogos
  • Cerco do Porto – 1963 – 804 fogos
  • Cerco do Porto (Bairro Novo) – 1991 – 88 fogos
  • Grupo de Mor. Pop. Choupos – 1999 – 24 fogos
  • Agrupamento Hab. Das Condominhas – 1993 – 330 fogos, 1998 – 84 fogos
  • Contumil – 1977 – 254 fogos
  • Agrupamento Hab. Do Viso: Cruzes – 64 fogos, Ferreira de Castro – 132 fogos, Jerónimo de Azevedo – 58 fogos
  • Cruzes (pré-fabricados) 1980 – 39 fogos
  • Dr. Nuno Pinheiro Torres – 1972 – 430 fogos
  • Duque de Saldanha – 1940 – 115 fogos
  • Engenheiro Machado Vaz – 1966 – 272 fogos
  • Falcão – 1973 – 231 fogos, 1981 – 166 fogos
  • Agrup. Hab. Do Falcão – 2000 – 174 fogos
  • Fernão de Magalhães – 1962 – 346 fogos
  • Fonte da Moura – 1962 – 638 fogos
  • Agrup. Hab. Da Fontinha – 2001 – 28 fogos
  • Agrup. Hab. Do Ilhéu – 2001 – 128 fogos
  • Lagarteiro – 1973 – 248 fogos, 1977 – 198 fogos
  • Lordelo – 1978 – 179 fogos
  • Monte da Bela – 1970 – 236 fogos
  • Monte de S. João – 2003 – 55 fogos
  • Mouteira – 1990 – 338 fogos
  • Outeiro – 1960 – 275 fogos, 1965 – 143 fogos
  • Pasteleira – 1960 – 808 fogos
  • Agrup. Hab. Da Pasteleira – 1997 – 48 fogos, 2000 – 362 fogos
  • Pio XII – 1958 – 124 fogos
  • Rainha D. Leonor – 1953 – 150 fogos, 1955 – 100 fogos
  • Ramalde – 1979 – 272 fogos
  • Regado – 1963 – 722 fogos
  • S. Roque da Lameira – 1962 – 437 fogos
  • S. Vicente de Paula -1950 – 220 fogos
  • Urbanização de Santa Luzia – 1981 – 176 fogos, 1995 – 640 fogos
  • Vale Formoso – 1982 – 64 fogos
  • S. João de Deus – 1944 – 124 fogos, 1956 – 152 fogos, 1969 – 108 fogos, 1977 – 32 fogos, 1993 – 160 fogos, 1994 – 110 fogos


Bairros Municipais em construção e a construir:
  • Fontaínhas
  • Travessa de Salgueiros
  • Parceria Antunes
  • Passeio das Virtudes


Bairros Municipais demolidos:
  • Urbanização da Faculdade de Engenharia
  • Areias
  • Condominhas (bairro velho)
  • Capela

(origem: Câmara Municipal do Porto, 2003)

25.8.11

Rua do TEATRO


040811
Publicada e localizada no Flickr


"Numa propriedade que herdou na Foz do Douro, abriu João Leite da Gama algumas ruas e edificou um teatro, que denominou de Vasco da Gama. Este teatro funcionava já em 1887, instalado num grande edifício, com camarotes, plateia e geral, que ainda no nosso século exibia programas de cinema mudo e mais tarde serviu de sede ao Ginásio Clube da Foz. 
Desapareceu o teatro, mas ficou o topónimo."  


in "Toponímia Portuense" de Eugénio Andrea da Cunha e Freitas

O bloco de habitação existente nesta rua (no lugar do antigo teatro?) minimalista pela fachada, sobrepondo-se à costa, é fruto do projecto do arquitecto Eduardo Souto Moura data de 1992 e o edifício ficou concluído em 1995.


24.8.11

Rua CÂNDIDO DOS REIS 2011


050711

060711

Revisitei a rua Cândido dos Reis por onde já tinha passado em 2006 e publicado aqui a 10 de Setembro do mesmo ano. 


É mais uma daquelas ruas da Baixa que desperta à noite e, que, durante o dia, está cada vez mais adormecida.

9.8.11

Rua DOMINGUEZ ALVAREZ

03082011

Só duas notas:

Dominguez Alvarez foi um pintor do século XX de origem galega. Qualquer livro sobre a cidade faz referência à sua vida e à sua obra. Mas o leitor talvez não saiba que a primeira galeria de arte do Porto teve o seu nome. Esta Galeria situava-se na rua da Alegria, perto da rua Formosa.

O prédio da imagem é da autoria de Henrique Coelho.


010811

Atenção! Esta é uma rua assaz perigosa. É uma rua em curva e sem passeios. O acesso a este prédio é dos mais bizarros e perigosos que conheço na cidade.

8.8.11

Rua CÍRIACO CARDOSO


02082011

Sobre Domingos Círiaco Cardoso pouca coisa está divulgada na net. Mais uma vez deixo aqui o que está na página da C.M. do Porto sobre este músico:

Para quem se possa interessar pela Toponímia da cidade : Esta rua teve, anteriormente o nome de Rua da Mazorra.

19.7.11

Rua ARTUR NAPOLEÃO

040711

Mais uma artéria da cidade, desta vez com nome de músico, num bairro residencial com moradias que datam dos meados do século XX. O leitor que segue este blog já adivinhou em que zona da cidade se situa. Isso mesmo, entre  a Sinagoga e a Casa das Artes.

Mas o portuense comum - como eu - que já ouviu falar da maioria dos portuenses célebres de ontem e de hoje, e até sabe que este frequentou o "Alexandre" que o outro nasceu em Miragaia ou Massarelos, que aqueloutro começou numa banda de garagem e, hoje, já colecciona discos de platina...

Esse portuense não sabe que o Artur Napoleão nascera na nossa cidade e que acabou os seus dias  no Rio de Janeiro. Para saber mais sobre este pianista e compositor aconselho a visita da Wikipédia.



Rua COELHO LOUSADA

030711

E aqui temos mais uma das ruas daquele bairro mais do burguês que também é conhecido por Hollywood!

O Arquivo da Toponímia deixa-nos a indicação que:

"António Coelho Lousada - Escritor - Nasceu no Porto em 1828 e morreu na mesma cidade em 1859. 
Conhecido poeta do ultra romantismo, foi sobretudo como romancista que se tornou conhecido. 
( Arquivo da Toponímia )."

Não consta nos meus autores preferidos - para vossa informação.

7.7.11

Rua FELICIDADE BROWNE

020711


Céu azul, plantas verdes, casas cor-de-rosa - de certeza mais uma foto do bairro de Hollywood da nossa cidade. Para saber quem era esta senhora que escrevia poesia no século XIX, mais uma vez visitei a página da Câmara.
Assim fiquei a saber:
"Felicidade Browne - Poetisa (1800 - 1861). Maria Felicidade do Couto Browne, de origem modesta, casou todavia com um dos mais conceituados negociantes do Porto, Manuel de Clamouse Browne, originário de uma família irlandesa que se radicara no Porto desde o Séc. XVII. 
Felicidade Browne distinguiu-se como poetisa de grandes dotes e rara sensibilidade poética. 
Foi amiga chegada de Camilo Castelo Branco e alguns dos seus biógrafos vão ao ponto de afirmar que entre 
ambos, a despeito da grande diferença de idades, 25 anos existiu um romance de amor que muitos julgam que tenha sido platónico. Amiúde abria aos poetas, literatos e gente do Teatro os salões da sua casa, 
transformando-a num autêntico cenáculo literário. ( Germano Silva )"

6.7.11

Sobre o Largo do Viriato e as corridas da Boavista - Hoje não há foto

Hoje, encontrei uma curiosidade na net, que reproduzo aqui com a autorização do autor.

Só é pena que chegue depois das corridas no circuito da Boavista.


O largo do Viriato e as corridas de automóveis


<< Às vezes, muitas vezes, as imagens apagam-se da memória com o passar do tempo.

Há muitos anos que conheço, por lá passar, o largo do Viriato.

Passei por lá, miúdo, para ir fazer o exame da terceira classe na Escola da rua da Bandeirinha (sim, no meu tempo, havia a maioria dos alunos do primário que faziam um exame na 3ª classe do ensino primário).

Passava lá, também, quando por alguns meses frequentei a escola italiana no pré-primário.

Passei lá a pé, de eléctrico, de automóvel. De baixo para cima, de cima para baixo. A ir da Árvore para o Cineclube, ou no sentido inverso. Tinha amigos que trabalhavam na repartição de Finanças que se situava lá. O Rui M. chegou a morar naquela casa que fazia esquina com a rua da Restauração. Lembrava-me que a certa altura aquele largo estava cheio de carros em estado de degradação.

Mas não me lembro mesmo nada de lá ter existido uma oficina. Há coisas destas que se apagam da nossa memória.

Eu pensava que conhecia o largo do Viriato quando lá passava para fotografar o jacarandá (o grande, aquele que deixaram secar, não este que agora lá se encontra).

Aqui há tempos descobri no Auto Foco um artigo onde se faz referência a esta oficina. E, ao que parece era mais do que uma simples oficina, pois até participava na construção de automóveis de desporto (OLDA). (ver imagem)

Eu sabia que o Porto era uma cidade ligada ao automobilismo. Também sabia que os carros “Palhinhas” eram preparados ali para do Campo Lindo, que a fábrica dos produtos Estrela tinha apresentado bólides nas corridas da Boavista e que de Albergaria tinham vindo os ALBA. Mas não sabia que os OLDA nasciam ali tão perto da rua onde eu nascera.

O largo do Viriato não se situa em Cedofeita, mas na vizinha freguesia de Miragaia. >>




29.6.11

Rua ALBERTO DE OLIVEIRA

090611
Publicada e Localizada no Flickr

(Também é uma das ruas do que alguns portuenses chamam "Bairro de Hollywood")

Rua SOARES DE PASSOS

080611



Soares de Passos (1826-1860) nasceu no Porto, indo estudar para Coimbra onde fundou o jornal O Novo Trovador. Nele colaboraram poetas da segunda geração romântica. 
Os seus poemas foram publicados em 1856 numa colectânea intitulada Poesias. 
Soares de Passos faleceu prematuramente, sendo, no entanto, um dos mais significativos poetas ultra-românticos portugueses. 
A sua composição mais conhecida é O Noivado do Sepulcro, de que os escritores realistas fizeram grande chacota.

Pode encontrar as suas poesias no Projecto Vercial.


Esta rua também pertence ao chamado Bairro de Hollywood.

28.6.11

Rua DR. JOSÉ DE FIGUEIREDO

070611

Mais uma das ruas do chamado Bairro de Hollywood do Porto.

Sobre o Dr. José de Figueiredo o site da Câmara do Porto informa-nos que:
"Dr. José de Figueiredo - Crítico de arte (Porto n. 21/12/1872 - f. 18/12/1937). 
Formado em 1893 na Faculdade de Direito de Coimbra. ( Arquivo da Toponímia )"

Rua PAULO DA GAMA

060611

22.6.11

Praça TEIXEIRA LOPES

010611


Parei! Olhei para a placa. Pensei, quase tive que usar uma calculadora para tentar adivinhar se era o pai ou o filho. Eu até sei umas coisas sobre os dois escultores, sobre a fábrica de cerâmica das Devesas, etc. Mas assim de chofre? Ou lhe punham, entre parentesis, PAI ou FILHO, ou então: Joaquim ou António! Daria assim tanto trabalho aos senhores que fizeram as placas? Ainda me lembro das antigas de plástico piroso que só indicavam o nome! 

Eu não me passeio pela cidade com a minha biblioteca nem tenho um daqueles maravilhosos engenhos do tamanho de um telemóvel que permitem o acesso à Internet!

Felizmente que o site da Câmara nos diz que é o António (eu preferia que fosse o Joaquim, mais presente na cidade).

Aqui vai o que nos diz a página da Toponimia da C. M. P.:
"Historial
Filho de outro artista - José Joaquim Teixeira Lopes - António Teixeira Lopes nasceu a 27 de Outubro de 1866, em V.N.Gaia, e faleceu em S. Mamede de Riba Tua (onde está sepultado) a 21 de Junho de 1942. Escultor. ( Arquivo da Toponímia )"

Se quiserem saber mais sobre ele também estarão mais bem servidos na Wikipédia. Aí ficarão a saber igualmente que Ribatua se escreve numa só palavra e que Ribatua também é uma freguesia do concelho de Alijó. 

Duas praças, duas estátuas



Aqui há tempos li que um vereador do Porto tinha tido a ideia de colocar placas indicativas nas estátuas da cidade.

Em princípio achei boa a ideia, salvo que numa cidade onde tudo é vandalizado apesar
de boa pode também contribuir ao aumento do vandalismo - não esqueçamos a "Anja" da Praça de Lisboa que foi
desmantelada nocturnamente nem as placas originais da estátua equestre do D. Pedro.

Falando de estátuas da cidade, a leitura do blog "Do Porto e não só" e da descoberta de um postal velhinho
deram o mote para o título de hoje.

A praça Carlos Alberto e a praça do Império têm algo em comum!
Quem diria. Mas é verdade. Ambas têm estátuas que estiveram na Exposição Colonial realizada no Porto em 1934.

6.6.11

Casa D. Maria Borges

020611

010611

O projecto desta vivenda, por alguns considerada “casa de praia”, é da autoria dos arquitectos Oswaldo Santos Silva e Viana de Lima e data de 1951.

D. Maria Emília Fernandes Borges (1914-2000) ficou com o nome ligado ao Teatro Rivoli, cuja construção tinha sido financiada pelo Banco Borges e Irmão.  Era casada com Júlio Anahory de Quental Calheiros conhecido também como o 3º Conde da Covilhã, banqueiro e industrial da cidade, ligado, entre outros, à fábrica de pneus MABOR e ao automobilismo dos anos 50 do século vinte.

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